quinta-feira, 26 de maio de 2011

«Vermelho da Cor do Sangue»

Em breve, o número 2 da colecção Não Matarás. Que começa com a descoberta de um passaporte soviético no cofre doméstico de um banqueiro...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Uma viagem extraordinária a uns anos 70 diferentes do que conhecemos

"A Viagem" ("Shift", no original) é o primeiro volume de uma série de Tim Kring (criador da série "Heróis") e Dale Peck (autor com obras diversas já publicadas) que começa pelo assassínio de John F. Kennedy e que... bem, ainda havemos de saber como vai terminar. É uma história bem escrita de ficção política, ficção científica, espionagem e acção, com personagens bem interessantes, que tive o gosto de traduzir.
A capa é uma curiosidade, porque está muito adequada à época em que decorre "A Viagem" e, não deixando de ser arriscada nos tempos que correm (com a sua estética psicadélica), está bem concebida. A autoria, segundo me informa Pedro Reisinho, o dinâmico editor da Gailivro, é de Rui Gamito, director de arte da Asa (de onde têm saído outras capas muito boas).
O título é também uma curiosidade. Tendo o hábito de quase nunca fazer propostas de títulos portugueses para as traduções que faço (por respeito para com os critérios do editor), perguntou-me Pedro Reisinho se tinha alguma sugestão para "Shift". Sugeri alguns títulos, pensando nas alterações que sofrem algumas personagens, mas longe do que é, afinal, mais simples e mais eficaz: "A Viagem". No alvo!
Mais informações no blog da Gailivro/1001 Mundos, aqui.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Spartacus - Sangue e Arena": fraco, fraco, fraco...

A série televisiva "Spartacus - Sangue e Arena", que a Fox começou ontem a transmitir com grande espavento, é um pastiche que, inspirado no material original de Howard Fast (livro) e Stanley Kubrick (filme), pirateia as longas-metragens "Gladiador" ( de Ridley Scott), "Conan" (o primeiro, de John Milius) e "300" (de Zack Snyder). O resultado é débil e cansativo. E o facto de, entre os produtores, se encontrar o nome de Sam Raimi serve de muito pouco. O Raimi deste "Spartacus" é muito mais o Raimi do seu último "Homem-Aranha" do que o Raimi de "Evil Dead" e de outros filmes interessantes.
A produção televisiva está a viver uma idade do ouro (como escrevi na revista on line MUDA, aqui) mas "Spartacus" fica-se pela idade da pedra.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

6h30


De um lado da casa, a Lua a dizer adeus. Do outro lado, o Sol a anunciar-se. Às seis e meia. Uma boa hora para começar a trabalhar. Uma boa inspiração.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cinema: quando a malta já vira as costas aos multiplexes...

Desde há vários anos que os distribuidores e exibidores de cinema em Portugal insistem em encher os multiplexes com comédias idiotas e outras coisas do mesmo género, pensando que é dessa maneira que captam o público jovem. Mas não é. Basta ver aqui: o número de espectadores dos multiplexes nos EUA e no Canadá abaixo dos 25 anos tem estado a diminuir gradualmente nos últimos anos.
Por cá, se fossem mais espertos, procurariam diversificar a programação e atrair públicos mais diversificados, articulando o que é mostrado nas salas com outros meios de comunicação. Mas isso, também, já é exigir muito a quem trata o cinema (em teoria, o seu "core business") como batata a granel.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"A Cidade do Medo": a primeira aventura do inspector Joel Franco

"A Cidade do Medo", que inaugurou no ano passado a colecção "Não Matarás", da Asa, é a primeira história que tem como personagem central o inspector Joel Franco, da Secção de Homicídios da Polícia Judiciária. A cidade é Lisboa e o clima de medo é inspirado pelas várias mortes violentas (com dezoito facadas...) de diversos sem-abrigo. Não é, no entanto, um "serial killer" mas um criminoso de novo tipo, que só quer aplicar o seu minucioso plano de vingança que visa o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e que é motivado pelo fracasso parcial de um projecto de ganhar dinheiro rapidamente com a especulação imobiliária na zona onde seria construído o aeroporto da Ota.
"A Cidade do Medo", publicado em 2010, assinala o meu reencontro com a editora, e escritora, Maria do Rosário Pedreira, desta vez na Leya.
A seguir a "A Cidade do Medo", já em Julho deste ano, sairá "Vermelho da Cor do Sangue", a segunda aventura de Joel Franco... que desta vez se cruza com o misterioso Ulianov.

"A Guerra de Gil": a guerra colonial, o massacre de Wiriyamu, o tráfico de droga e um pouco de canibalismo

O coronel Vítor Gil cometeu um erro durante o infame "massacre de Wiriyamu, em Moçambique, na fase final da guerra colonial: em vez de disparar sobre a população civil, matou o pide que acompanhou as tropas portuguesas nessa acção militar. Trinta e cinco anos depois, quando quer é refugiar-se do mundo e cumprir o último desejo da falecida mulher, é arrastado para uma guerra de tipo diferente, em que intervém uma família que tem uma agência funerária com negócios paralelos: o transporte de droga em cadáveres e a venda de partes de corpos sobrantes como sendo vitela branca. A história desenrola-se no concelho de Caldas da Rainha (onde resido), aproveitando algumas zonas de paisagem natural praticamente selvagem. (Temas e Debates, 2008/Círculo de Leitores, 2010).

domingo, 15 de maio de 2011

"O Clube de Macau" - o primeiro, e único, romance inspirado no "processo Casa Pia"

Os casos de pedofilia numa instituição tutelada pelo Estado que deram origem ao "processo Casa Pia" e a muitos rumores, informações dispersas e suspeitas generalizadas sobre muita gente e úteis encobrimentos políticos inspiraram, apenas, uma obra de ficção - o meu "Clube de Macau" (Bertrand/Círculo de Leitores, 2007).
É uma história que começa em Macau, com a criação de um clube privado dedicado a práticas pedófilas, e que se liga à descoberta de casos sucessivos de abusos sexuais de menores numa instituição chamada Colégio da Beneficência. Pelo meio, há um procurador-geral da República que quer candidatar-se à Presidência da República e um antigo polícia que descobre que o seu filho, que entregara no Colégio da Beneficência, fora sujeito a abusos sexuais... por esse mesmo procurador-geral, entre outros.  

quinta-feira, 12 de maio de 2011

"Ulianov e o Diabo"

Serguei Denisovich Tchekhov (mais conhecido por Ulianov, devido à sua rigidez ideológica) é um ex-major do KGB que, nas forças especiais russas (os "spetsnaz"), subiu ao posto de coronel. Veio para Portugal, seguindo um seu antigo camarada de armas, com quem formou um grupo criminoso. A certa altura, farto de violência, denuncia o grupo e, depois de cumprir uma pena de prisão, começa a trabalhar nas obras, alheando-se do mundo. A morte da irmã arranca-o a esse estado de dormência. Vinga-se dos que a mataram, com a ajuda de um aliado inesperado: um sem-abrigo desfigurado na guerra colonial que habita no subsolo de Lisboa e que é conhecido por "Diabo". "Ulianov e o Diabo" foi o meu segundo romance (Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2006).
No fim da história, Ulianov desaparece, para regressar à Rússia. Mas por pouco tempo. Conheceu, entretanto, uma mulher chamada Helena, com quem casou e uma circunstância inesperada vai obrigar o antigo soldado a pegar em armas... como veremos em "Vermelho da Cor do Sangue", a publicar no próximo mês de Julho.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O meu primeiro romance: "Crimes Solitários"

"Crimes Solitários" (Temas e Debates, 2004/Círculo de Leitores, 2006) foi o meu primeiro romance. Passa-se no Alentejo, tem um traficante de droga que esconde um segredo e que decide matar a mulher, arranjando um falso culpado... que nunca o poderia ser. A morte (encenada) desse falso culpado atrai a curiosidade de um jornalista desgostoso, de cujo interesse na matéria ninguém poderia suspeitar, e, com ele, um inspector da Polícia Judiciária. Foi Maria do Rosário Pedreira quem o acolheu, na Temas e Debates, com a sua disponibilidade e a sua atenção aos novos autores, depois de eu ter corrido cerca de dez editoras que me disseram todas que não estavam interessadas (e que não devem ter prestado atenção nenhuma ao original que enviei). 

Quando as companhias de seguros nos vendem seguros inseguros (III): o exemplo da BES Seguros

Há três anos e meio, fui abalroado num cruzamento por um SUV bem maior do que o meu, com danos generalizados consideráveis. A nervosa condutora que dele saiu disse logo que ia com pressa, assumindo a sua responsabilidade. Só que entrou no cruzamento pela minha direita e, a conselho de um sujeito entretanto aparecido (que não era o marido, de quem andava a divorciar-se), mudou de opinião.
A seguradora do carro dela mandou uma empresa externa verificar o que se passava. A seguradora do meu carro (BES Seguros) fez o mesmo. Mas, apesar de todas as provas materiais e de todos os indícios bem visíveis, fui eu declarado culpado porque a apressada criatura vinha pela direita. E pouco importava que eu já estivesse no centro do cruzamento.
Quando tentei perceber o que se estava a passar, vim a saber que a empresa mandada avançar pela BES Seguros, cujo enviado tinha percebido o que se passara, vira a encomenda do serviço anulada. A decisão era burocraticamente simples: nestas coisas, ganha quem aparece pela direita.
O meu protesto só me valeu a atribuição pela BES Seguros de um carro topo de gama (bastante acima da categoria do meu), em versão de carrinha, em que andei durante sete ou dias e que era, de facto, bastante interessante. Resolvido o caso, anulei o seguro com essa empresa e fui à procura de melhor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quando as companhias de seguros nos vendem seguros inseguros (II): o exemplo da Logo

M. teve, há ano e meio, um acidente em que o carro ficou irrecuperável. E quando começou a tratar do assunto com a seguradora Logo (do Grupo Espírito Santo) e encontrou-se numa espécie de engarrafamento de confusões e de situações factualmente ilegais.
A utilização de um veículo de substituição foi-lhe vedada porque o “pacote” de seguros, o melhor que a Logo apregoava, não tinha afinal essa cobertura e ninguém disse que não tinha, nem perguntou se M. a queria. Durante dois dias, o acidente não pôde ser registado porque não havia “sistema”. Quando a Logo decidiu recomendar a venda do salvado e dar uma verba como indemnização da perda do carro, remeteram M. para uma empresa incontactável, de tal modo que M. teve de comprar a uma base de dados “on line” a informação sobre essa empresa para perceber que afinal existia. E a “proposta” de indemnização foi malcriadamente explicada: M. podia fazer uma contra-proposta mas nem valia a pena dar-se ao esforço. Depois, a verba foi emitida com atraso, relativamente à data de aceitação por parte de M., o que daria direito ao pagamento de juros.
No meio disto tudo, a Logo estava a fazer gravações dos telefonemas sem, no entanto, dispor de autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) para o efeito. E quando M. pediu as gravações, a seguradora disse que enviou sem, no entanto, as enviar. Quando, depois de várias insistências de M. e do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), as enviou... estavam ausentes aquelas gravações, todas elas, que fundamentavam a denúncia feita por M. ao ISP sobre as várias ilegalidades verificadas em todo este processo.
Mais recentemente, e na sequência de uma queixa que M. também fez à CNPD, a Logo até teve o desplante de pedir a M. que lhe fornecesse o comprovativo das chamadas efectuadas para os seus serviços.
Quanto ao ISP, que é a entidade reguladora para o sector, M. viu as suas queixas basicamente ignoradas. Nunca o ISP esclareceu se as práticas discutíveis da Logo respeitavam, ou não, a lei. O ISP, nestas coisas, parece estar invariavelmente ao lado das seguradoras. Apesar de ser a entidade reguladora para o sector.
Claro que, depois disto, M. retirou o seu seguro da Logo.

Quando as companhias de seguros nos vendem seguros inseguros (I): o exemplo da Axa


Contratei no início deste ano o seguro HealthPET Plus, da seguradora Axa, destinado ao meu animal de companhia, a simpática e jovem J. Algum tempo depois, e pela segunda vez desde que está connosco, J. teve um acesso de diarreia. E foi à clínica veterinária onde é assistida, regressando com medicamentos e alimentação apropriada. Enviei os respectivos documentos para a Axa, para reembolso.
Ao cabo de mês e meio, não havia resposta. Insisti, várias vezes, para saber o que seria pago e quanto. Nada. Queixei-me ao instituto de Seguros de Portugal (ISP) e à DECO e, o que já é habitual, a resposta não tardou.
Nela, lia-se a seguinte “pérola”: “Analisadas as despesas apresentadas verificamos que estas se enquadram nas condições contratuais da apólice (Check up Anual) uma vez que não nao fomos contactados pelo que so iremos reembolsar 50 euros.” Não há erro de transcrição, o original é mesmo assim: incompreensível e mal escrito.
Com um telefonema (que não dispensa uma resposta escrita, já pedida), fiquei a saber que, segundo uma cláusula pouco esclarecedora, devia ter comunicado o “sinistro” no prazo de 24 horas. Neste caso, a diarreia. Como? Não fiquei a saber.
Dizem-me que isto não é mais do que uma maneira de dissuadir as pessoas de recorrer a este seguro que, em muitos casos, sai demasiado caro às companhias de seguros. Pode ser. Mas também mostra que quem decide estas coisas, além de não saber escrever uma carta, não tem a mais pequena sensibilidade e acha que uma pessoa que tem um animal de estimação e que recorreu a um seguro (porque, antes disso, recorreu a um veterinário), não tem mais nada em que pensar senão informar que houve o “sinistro” antes de ter o problema resolvido e o animal em tratamento. Como se pedisse um veículo de substituição...
De qualquer modo, já sei.
Em próximo caso de diarreia da J., enviarei a informação do “sinistro” e, à cautela, o comprovativo, pastoso ou líquido, acompanhado de uma amostra do produto habitual, que é bastante sequinho e bem formado, para poderem perceber. E por correio registado com aviso de recepção para não dizerem que nunca receberam...

sábado, 7 de maio de 2011

Os atrasos nos pagamentos (3)

... E depois também há os da 25.ª hora: os que, questionados após alguns adiamentos, dizem que já está e que a transferência já foi feita e que "hoje ou amanhã" está na conta... como se não soubéssemos todos, ou quase todos, como é que as coisas funcionam nos bancos e que uma transferência que chega amanhã à conta não foi exactamente feita dentro do horário de expediente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

E ei-lo que chega: o acordo ortográfico

Não gosto, estou contra, acho que desfigura a língua portuguesa (que também já está razoavelmente desfigurada) e que um texto escrito na estranha novilíngua do acordo ortográfico não transmite o mesmo que a língua em que até agora temos escrito. E interrogo-me: será que as aplicações electrónicas, ao fazerem essa espécie de tradução do português para a linguagem do "horto gráfico", conseguirão transpor todos os significados de um texto?
Mas é uma decisão das editoras, que sinto ser-me transmitida com algum desconforto pelos meus interlocutores, e é minha obrigação respeitá-la. Quanto às traduções, claro. Quanto às minhas histórias... espero para ver. Sabendo que, muito possivelmente, não vou gostar de ver.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Testes de tradução

Aparentemente, a grande ferramenta de selecção de tradutores por parte das editoras são os testes de tradução. Ao profissional que propõe os serviços, enviam em resposta excertos (normalmente os segmentos iniciais) de livros e esperam que o candidato "passe" na prova. Já fiz alguns - não aceno com os romances que já publiquei porque aceito as regras do jogo - e "passei" nuns e terei "chumbado" noutros.
Mas é um sistema ingrato, devo dizer.
O "examinando" tem de traduzir um segmento que na maior parte dos casos não está identificado e cuja verificção (do acerto da escolha das palavras e de numerosas designações) pode depender da leitura do texto de onde foi extirpado o segmento. Não tem, praticamente, tempo para pensar no que traduziu nem para reflectir sobre algumas opções.
E o resultado, às vezes, é estranho. Com mais de trinta livros traduzidos desde Março de 2007, dos quais vinte e cinco já publicados, já me deparei com duas respostas negativas cuja fundamentação nunca consegui compreender.
A experiência mais recente que tive foi, no entanto, radicalmente diferente.
A Porto Editora enviou-me textos para teste mais autónomos que não exigiam, por exemplo, o conhecimento completo de um livro. É uma opção que, não garantindo textos mais acessíveis, antes pelo contrário, é muito mais aduequada à avaliação da qualidade do tradutor.
E, significativamente, "passei".
(O resultado foi a proposta de tradução de uma história de amor de uma autora croata, Nataša Dragnić, na sua versão alemã, "Jeden Tage, Jede Stunde". Comecei agora e o livro é fascinante. E dele falarei na devida altura.) 

Livros: depois, quem os quer?

Ao longo de dezenas de anos juntei milhares de livros. Muitos que vieram da adolescência, os que fui comprando e recebendo como ofertas, outros de família e aqueles que os meus filhos não quiseram levar quando se autonomizaram. E, um dia, mudei de casa. E os livros? Que deviam ser, numa perspectiva optimista, cinco ou seis mil? Oh, um problema!
Uma parte foi oferecida ao Estabelecimento Prisional de Lisboa, por intermédio de um psicólogo que aí trabalhava e que conheci porque acompanhava uma pessoa de família. Outra pessoa de família perguntou na escola em que trabalhava à época (Escola Secundária Ferreira Dias, no Cacém) se a biblioteca quereria a outra parte. A resposta, sobranceira, foi algo como "Vá trazendo, que vamos vendo". Nunca para lá foram.
Ao tratar de documentos relativos à mudança de residência, vi que na Junta de Freguesia (Serra do Bouro, concelho de Caldas da Rainha) havia uma enorme sala vazia, e com paredes muito vazias, no respectivo Centro Cultural e Recreativo. Escrevi uma cartinha ao presidente, antes de perceber que não eram estes os livros que lhe interessavam. Disse que um dia me responderia. Nunca o fez. A sala continua vazia.
Fui à Biblioteca Municipal de Caldas da Rainha e perguntei se os queriam. A receptividade foi surpreendente: queriam e agradeciam!
Durante alguns meses, fui trazendo os livros de Lisboa, frisando sempre que eu é que estava grato por poder dar uma segunda vida aos meus livros. Hoje continuo a entregar na biblioteca livros que não quero conservar e revistas (de cinema), que vou comprando. E sei que ficarão à disposição de outras pessoas, bem conservados e bem arrumados. E a quinze minutos de distância, se precisar de fazer alguma consulta, de (re)lê-los ou, simplesmente, de voltar a vê-los.