quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A reforma das freguesias à moda das Caldas

 
1 - Durante um ano, os "proprietários" das Juntas de Freguesias e de outros lugares autárquicos do concelho de Caldas da Rainha e os membros das várias oposições, que ambicionam sempre comer à mesa dos exíguos orçamentos municipais, andaram numa violenta campanha de demagogia e de disparates a defenderem o que tomaram como seu sem discutirem com as populações a "reorganização" das freguesias.
 
2 - Com as normas entretanto aprovadas a decretarem o fim de seis das dezasseis freguesias do concelho (de 51 645 habitantes em 2011 e uma extensão de 255,87 quilómetros quadrados e com uma cidade até se dá ao luxo de ter duas freguesias), o presidente da Câmara fez uma estranha proposta: juntar à força freguesias que, territorialmente, não têm ligação nenhuma entre si, que engorda as freguesias urbanas e que "safa" um presidente de junta com interesses locais de já não se poder recandidatar por limite de mandatos. Para só se "perderem" quatro freguesias.

3 - Na votação na Assembleia Municipal, os mesmos "donos" das Juntas de Freguesia mantiveram-se calados porque perceberam que o negócio lhes era favorável e os das várias oposições verteram umas quantas lágrimas de crocodilo e foram pensar na melhor maneira de aproveitar a coisa para as próximas eleições.

4 - E Caldas da Rainha ficou com menos quatro freguesias, numa divisão completamente absurda em que algumas ficam separadas por freguesias que, afinal, já lá estavam.
 
(Os pormenores da coisa estão aqui.)
 

 

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