domingo, 13 de janeiro de 2013

"Forbrydelsen/The Killing": um final em beleza e com alguma expectativa



Sofie Gråbøl é Sarah Lund em "Forbrydelsen/The Killing"
 
Uma pequeno avião parte para Reykjavík e, lá dentro, Sarah Lund - a heroína de "Forbrydelsen/The Killing" olha por uma última vez para uma fotografia de família. E depois desaparece. Não mais a veremos, supõe-se, depois do final de estarrecer da terceira temporada desta série dinamarquesa.
Criada por Søren Sveistrup e tendo como principal protagonista Sofie Gråbøl, "Forbrydelsen/The Killing" é a melhor série televisiva "policial" deste século, pelo menos até ao momento, e assume na televisão dos nossos dias o papel de destaque que na viragem do século teve "The Wire" e, há trinta anos, "A Balada de Hill Street".
Lançada em 2007 com uma primeira temporada de vinte excepcionais episódios, "Forbrydelsen/The Killing" teve em 2009 a segunda temporada (com um desvio pelo Afeganistão) e no Outono de 2012 foi a vez da terceira temporada. 
Foi, em certa medida, um regresso à temática da primeira temporada, num comentário político e social económico que chegaria, se outros não houvesse, para mostrar a dimensão que o "thriller" pode ter. Só que o final... não é tranquilizador como o das duas primeiras temporadas e até é cruelmente surpreendente. E Sofie Gråbøl, nesses seis minutos decisivos do final do último episódio, revela-se uma extraordinária actriz, apurando a criação de Sarah Lund.
Há quem diga que Sarah Lund ainda pode regressar e ficam algumas sugestões de que está aberto o caminho para uma quarta temporada. Os fãs - e são felizmente muito - agradeceriam mas, em certa medida, é o final perfeito... para uma série perfeita.

Uma nota de certo modo à margem - "Forbrydelsen/The Killing" não deveria ser confundido, fora dos EUA (onde todos os espectadores de cinema e de televisão parecem ser avessos à leitura de legendas), com a versão americana que também ficou com o título de "The Killing" e que Søren Sveistrup tentou manter fiel ao original, como produtor desta versão. Tentei ver a versão americana mas a única coisa que consegui foi ficar com vontade de ir ver outra vez o original. Havendo quem defenda que o público português gosta das artes e das belas-letras escandinavas porque são escandinavas, é pena que a série original nunca tenha tido espaço de jeito na televisão nacional.

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá. Infelizmente, perdi justamente o últimno capítulo da 2ª temporada da série. Não sei se a Globosat+ irá reprisar, pois, ouvi dizer que a terceira temporada está prevista para o começo de 2013. você poderia me ajudar com alguma informação? Quem era o oficial e, provavelmente, o assassino? Abs, Caio Borelli.

Pedro Garcia Rosado disse...

Agradeço o seu contacto mas não penso que deva responder o que me pergunta. O "thriller", sobretudo no caso de uma série tão excepcional como esta, não pode ser resumido à questão de saber "quem é". Mas se se recordar da história e dos principais protagonistas descobrirá quem é o assassino...
PGR.

Anónimo disse...

Concordo com nosso escritor em gênero, número e grau. O final é perfeito para nossa tão imperfeita heroína, mas eu gostaria muito mesmo , é de mais uma temporda da melhor série policial de todos os tempos, Eu sou brasileira e também adoro as artes e as belas-letras escandinavas porque são escandinavas. Um abraço. Andréa.

Anónimo disse...

Boa tarde1
Como faço para ver a terceira temporada da serie Forbrydelsen/The Killing?

Pedro Garcia Rosado disse...


Há uma edição em DVD, que pode encontrar na Amazon, com legendas em inglês. Talvez seja a melhor maneira.