terça-feira, 30 de abril de 2013

Idiotas urbanos

Tenho por vezes a sensação, lidando à distância com certa gente em Lisboa, de que existe um preconceito que os leva a encarar as pessoas que vivem no interior do País e sobretudo em zonas não citadinas como imbecis, atrasadas mentais, incultas ou padecentes de iliteracia.
No meu caso, como não finjo residir na cidade de Caldas da Rainha e tenho um endereço que para os "civilizados" de Lisboa deve ser do mais bizarro que há, recebo às vezes comunicações de criaturas que devem reger-se por aquela máxima de outros tempos do "para quem é, bacalhau basta".
Depois, às vezes, surpreendem-se por eu até saber mais do que elas em domínios ligados à sua própria profissão e não me assustar quando lhes escorrega o pé para a chinela das ameaças.

Porque não gosto dos CTT (52): coisas estranhas


Depois de ter escrito isto sobre o resultado da minha observação directa da entrega (e não entrega) de correspondência durante um período de 4 semanas, aconteceram duas coisas estranhas:
 
1 - Ninguém me enviou comentários a dizer que eu não tinha razão (e há um visitante habitual que às vezes o tenta fazer);
2 - Ontem e hoje houve distribuição de correspondência, mesmo de correio não prioritário (hoje).

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Caldas da Rainha: água de luxo, serviço de merda (10)

As obras para mudar a apodrecida conduta de água na rua onde moro na povoação rural de Cabelo da Vela (Caldas da Rainha) começaram, salvo erro, há precisamente três semanas.
Agora estão interrompidas. Não se sabe porquê, nem quando serão retomadas.
O que era uma rua com mais de duas dezenas de remendos de alcatrão está agora praticamente transformada numa rua de terra batida com poucos remendos de alcatrão. Se chovesse, haveria torrentes de lama. Como não chove, há nuvens de poeira.
Não se percebe. Pagamos a água a preços de luxo e o que temos em troca é um serviço de merda.
Os responsáveis (?!) dos Serviços Municipalizados estão-se nas tintas (o dinheiro está garantido...), as pessoas não protestam muito. E os políticos? E os membros da Junta de Freguesia? Devem pousar por aqui lá para o Verão, mais perto das eleições.

Restos?


Um remendo bonito de alcatrão

À espera...

... de quê?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Porque não gosto dos CTT (51): como o nosso correio é sequestrado

Durante um mês, entre 25 de Março e 24 de Abril, tive o cuidado de anotar o que me chegava (e não chegava) pelo correio.
Esta observação sistemática - que está ao pormenor no quadro que publico - confirma a suspeita generalizada de que não há uma distribuição regular de correspondência por parte da empresa CTT, ao contrário daquilo a que está obrigada.
Deste registo está ausente qualquer tipo de correio prioritário (registado ou "azul"), inexistente neste período.


2.ª f,
25.03
sem correio
3.ªf.
26.03
sem correio
4.ªf,
27.03
jornal regional 1
1 aviso de recepção (assinado em 20.03)
3 cartas (expedidas em 12.03, 19.03 e 20.03)
5.ªf,
28.03
jornal regional 2
2.ªf,
01.04
sem correio
3.ªf,
02.04
sem correio
4.ªf,
03.04
jornal regional 1
5.ªf,
04.04
3 cartas (expedidas em 26.03 e 31.03)
2 folhetos sem data de emissão
6.ªf,
05.04
jornal regional 2
1 carta (04.04)
2.ª f,
08.04
sem correio
3.ºf,
09.04
2 cartas (26.03, 31.03)
4.ªf,
10.04
jornal regional 1
1 carta (31.03)
5.ªf,
11.04
sem correio
6.ªf,
12.04
jornal regional 2
3 cartas (25.03, 31.03, 5.04, 9.04)
1 aviso de recepção (assinado em 9.04)
2.ªf,
15.04
3 cartas (3.04, 8.04, 11.04)
3ªf,
16.04
sem correio
4ªf,
17.04
jornal regional 1
5ªf,
18.04
1 carta (10.04)
6ªf,
19.04
jornal regional 2
1 carta (28.03)
2ªf,
22.04
sem correio (mas houve distribuição local)
3ªf,
23.04
sem correio
4.ªf,
24.04
jornal regional 1
1 carta (12.04)
2 folhetos sem data de emissão












































É possível concluir o seguinte:
1 - Não há correio "normal" que tenha chegado num prazo inferior a 3 dias (excluindo mesmo sábados e domingos).
2 - Há correio "normal" que chega a demorar 20 dias a ser entregue desde a sua expedição.
3 - À segunda-feira e à terça-feira, em geral, não há distribuição; nas quatro terças-feiras desta semana só houve entrega numa delas e, no entanto, já estava na posse da empresa CTT há vários dias correspondência que me era destinada.
4 - O que isto revela não é um atraso generalizado da circulação da correspondência mas uma demora objectiva, possivelmente propositada, na sua entrega.
5 - Os dois jornais regionais de que sou assinante ("Jornal das Caldas", que deve chegar à quarta-feira, o "jornal regional 1", e "Gazeta das Caldas" à sexta-feira, o "jornal regional 2") chegaram no dia da semana previsto, mas muitas vezes sem a correspondência que nessa data já estava à guarda da empresa CTT e que não foi entregue. É natural que a entrega dos jornais regionais nos dias previstos se deva à pressão local sobre a empresa CTT.
6 - Objectivamente, há correio que, entregue à empresa CTT, fica imobilizado na sua posse sem ser distribuído num prazo normal e que - sem ir pesquisar - deve estar irregularmente aquém de qualquer contrato que esta empresa tenha com o Estado para a distribuição de correio em prazo razoável.
7 - Em termos concretos, o facto de a empresa CTT retardar a entrega da correspondência à sua guarda sem qualquer explicação razoável pode ser interpretado como um acto de sequestro de bens, de apropriação ilícita e/ou de abuso de confiança.
A empresa CTT não consegue refutar esta constatação.
 






Um bom exercício para o 25 de Abril em formato de TPC

A leitura atenta e pragmática da Constituição da República Portuguesa, à luz da realidade nacional e europeia, pode ser um bom e estimulante exercício para o dia de hoje, mesmo para quem considera que as constituições devem ser textos programáticos conjunturais tipo programa partidário mais ou menos utópico e não simples quadros legais de aplicação exequível.

terça-feira, 23 de abril de 2013

EDP - A Crónica das Trevas (52)

Apagão às 7h15. Sensivelmente à mesma hora de ontem.
Lembro-me sempre, nesta irritante e incessante repetição das demonstrações de incompetência da EDP, das desculpas desta malfadada empresa sob cujo jugo vivemos: é o mau tempo, é o roubo dos fios de cobre...
Tretas, tretas, tretas, tretas, puta que os pariu!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dois exames no mesmo dia: coitadinhas das criancinhas!...

No final do meu ensino liceal (correspondente ao agora final do ensino secundário) fiz por várias vezes dois exames nacionais (provas escritas e orais) na mesma manhã e talvez também na mesma tarde.
Tive boas e más notas, aprovações e reprovação, uma revisão de provas com uma subida de nota e uma reprovação política (por escrever, na disciplina de Organização Política e Administrativa da Nação, que o direito à greve era proibido).
Não fiquei doente, debilitado, fraco, esgotado ou incapaz de fazer a segunda prova por ter acabado de fazer a primeira meia hora antes. Não fiquei traumatizado por isso. Foi apenas necessário preparar-me melhor antes, ou não, consoante as circunstâncias, a vontade e a matéria.
Isto aconteceu à minha geração e julgo que não apenas à minha geração.
Mas agora, anunciadas duas provas de exame com meia hora de intervalo para o mesmo dia, começo a ver um estranho cortejo de críticas, com os argumentos mais absurdos (e mais hão-de vir, com certeza), por causa da inaudita violência a que os jovens de agora vão ser sujeitos, coitaditos.
Habituados a tanta facilidade, a ter tudo e mais alguma coisa, da escola mais laxista às famílias que tudo lhes dão para fazerem de conta que é assim que os formam, estes jovens não vão longe. 
E por agora mais não digo que é para não suscitar a ira dos polícias do pensamento...

EDP - A Crónica das Trevas (51): como eles nos dão cabo dos electrodomésticos

Desde as 7h34 até este momento (7h58) tem havido vários apagões.
Sem qualquer explicação, sem qualquer motivo aparente daqueles que fazem parte do catálogo dos "desastres naturais" e dos "roubos de cobre" da cartilha de desculpas da treta da EDP.
Por enquanto, os electrodomésticos parecem ir resistindo...

Ainda a propósito dos ciclistas

O meu post A estúpida ditadura "politicamente correcta" dos ciclistas deu origem a uma polémica interessante, com numerosos comentários críticos relativamente à minha opinião.
Publiquei todos os comentários (mesmo os anónimos...) que não eram insultuosos e respondi-lhes. Os comentários insultuosos (no exercício da minha prerrogativa de titular deste espaço de opinião) não foram publicados.
A polémica fica por aqui, por agora.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A estúpida ditadura "politicamente correcta" dos ciclistas

Nada há que justifique esta estupidez, se isto for verdade, senão o propósito de transformar qualquer bípede com uma bicicleta em rei da estrada.
Ou, se os proponentes fossem inteligentes, talvez a preocupação subreptícia de favorecer bate-chapas e seguradoras com os acidentes que estas medidas poderão fazer aumentar.
Com este disparate que só podia sair das cabeças "politicamente correctas" do BE e da secção "verde" do PCP, quem conduz (nas estradas que para isso foram feitas), veículos a motor que ocupam mais espaço e que têm maior potência passa a ter de subordinar as suas opções de mobilidade, muitas vezes decididas ao momento, ao capricho dos ciclistas.
E estes, com frequência, já se achavam e acham no direito de ocuparem lado a lado as faixas de rodagem em manadas, pondo a máscara da ecologia quando lhes dá jeito e mantendo uma despreocupação militante relativamente ao emporcalhamento do ambiente, quando mais ninguém está a ver ou se reúnem em bandos organizados.
O lugar dos ciclistas não é nas faixas de rodagem concebidas para os veículos motorizados com quatro rodas e mais (e para as motas) mas em vias específicas e bem seguras que o poder público e autárquico infelizmente não estão para construir e que os interessados nem reivindicam, tal como o lugar dos veículos motorizados com quatro rodas e mais  (e das motas) não é nos passeios, nas passagens de peões e nas vias concebidas para os ciclistas.
Inverter isto é estúpido, é pura e simplesmente estúpido.
E é também, e cada vez mais, a ditadura do "politicamente correcto" em excesso de velocidade, com a generalidade dos políticos de cócoras, contrariando as mais naturais convenções sociais e mecânicas e tornando-se cada vez mais perigosa.
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Porta-Livros gostou de "Morte com Vista para o Mar"


Rui Azeredo, jornalista, que anima o blogue Porta-Livros, gostou de "Morte com Vista para o Mar", tendo publicado aqui uma crítica de que se transcreve um excerto:
 
Pedro Garcia Rosado prossegue, agora na Topseller, a sua «cruzada» pelo «bem-estar» do policial português. O seu mais recente contributo, Morte com Vista para o Mar (e com este já lá vão oito thrillers), é mais um bom exemplo daquilo que se deve/pode esperar de um policial contemporâneo. Tem uma boa história, personagens credíveis e apresenta um bem elaborado e preciso retrato da sociedade portuguesa, nomeadamente dos jogos de interesses que ensombram muitas das autarquias.
Além disso, o escritor continua (e ainda bem) a não temer introduzir cenas bastantes violentas onde quase dá para ver o próprio sangue, que escorre abundantemente.
(...)
Com a sua escrita simples (mas não básica) e direta, Pedro Garcia Rosado ganhou de novo a aposta, e ganha também o leitor que se dedique a este livro, seja ou não amante de policiais.
(...)
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Plano de Pormenor da Estrada Atlântica: o projecto megalómano que desapareceu do mapa e que inspirou "Morte com Vista para o Mar"

Há dois anos, a Assembleia Municipal de Caldas da Rainha alterou o Plano Director Municipal e criou o Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, permitindo a construção de um empreendimento turístico gigantesco numa zona antes não urbanizável de paisagem protegida, que apanhava as freguesias da Serra do Bouro e da Foz do Arelho.
O empreendimento turístico era promovido por duas empresas enigmáticas que nunca se apresentaram a público mas que tinham, e talvez ainda tenham, como seu representante o presidente da Junta de Freguesia... da Serra do Bouro.
As obras iam começar este ano (2013) e prolongar-se-iam até 2041, ocupando 275 hectares de terreno numa zona privilegiada, com um investimento de 300 milhões de euros.
Com excepção do blogue anónimo O das Caldas (que se dedicou pormenorizadamente ao assunto aqui, divulgando elementos inéditos sobre os "investidores sem rosto" do projecto), a imprensa, os políticos e as figuras públicas das Caldas da Rainha ignoraram o assunto.
Hoje, dois anos depois da alteração à medida do PDM e zero de resultados públicos, ninguém faz perguntas.
O blogue O das Caldas acabou, quando o seu animador morreu em Maio de 2012 mas o que escreveu sobre o Plano de Pormenor da Estrada Atlântica e muitos outros aspectos da vida e da politica caldenses continua visível. E as perguntas que o seu autor fez continuam actuais... e sem resposta.
Foi neste caso que me inspirei para escrever o meu oitavo "thriller", "Morte com Vista para o Mar" (Topseller, Fevereiro deste ano), história que começa com o assassínio de um bloguista anónimo que estava a investigar um empreendimento turístico gigantesco.
Será conveniente dizer que continuam por esclarecer publicamente os aspectos mais relevantes do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, que parece ter desaparecido do mapa. Tal como a morte do bloguista de O das Caldas.



Porque não gosto dos CTT (50)

O "Jornal das Caldas" tem hoje como manchete (sem link) os atrasos na distribuição de correspondência por parte da empresa CTT, com queixas de pessoas que recebem correspondência acumulada depois de vários dias sem nada e a habitual resposta da treta por parte do monopólio dos correios.
E um assunto a que me tenho referido com frequência (os meus posts sobre a empressa CTT estão aqui) e a ele voltarei dentro de um ou dois dias.

terça-feira, 16 de abril de 2013

A propósito de "Hannibal", recordando o Dr. Lecter

A série "Hannibal" (AXN, às segundas-feiras) é um objecto estranho que talvez mereça atenção.
Convém recordar que a malévola personagem do médico Hannibal Lecter foi criada pelo escritor Thomas Harris no seu romance "Red Dragon" (1981).
Este primeiro andamento deu origem a duas longas-metragens: em 1986, "Caçada ao Amanhecer", de Michael Mann, e em 2002, "Dragão Vermelho", de Brett Ratner. O filme de Michael Mann, com Brian Cox a fazer de Lecter, é o melhor dos dois.
Harris escreveu, a seguir, "O Silêncio dos Inocentes", em livro ("Silence of the Lambs",1988), que chegou rapidamente ao cinema (em 1991, de Jonathan Demme, já com Anthony Hopkins a interpretar a figura de Lecter) e depois "Hannibal" (1999, talvez o melhor livro da série), que passou ao cinema em 2001 pela mão de Ridley Scott.
Em 2006, Harris publicou "Hannibal Rising" (2006), a tentar explicar as origens de Lecter e a série parece terminar aqui. "Hannibal Rising" é uma história débil em que o autor parece desorientado. Deu filme, claro, em 2007 ("Hannibal - A Origem do Mal"), mas nem vale a pena perder tempo com ele.
A série de televisão é uma espécie de novo regresso às origens, retomando Lecter (Mads Mikkelsen não substitui Anthony Hopkins, mesmo mais novo)e o investigador Will Graham (desempenhado no cinema por William Petersen e Edward Norton).
O tom, com algum exagero nos efeitos digitais, é interessante.
No original, é Will Graham que deita a mão ao sinistro médico, indo depois procurar os seus conselhos (em "Red Dragon", a primeira história, já com Lecter preso), tal como a Clarisse (Jodie Foster) de "O Silêncio dos Inocentes".
Veremos se a série (com o último episódio, o 13.º, previsto para Junho) consegue seguir o original ou se fará render, até à exaustão, o confronto Lecter - Graham. Pode ser que tenhamos sorte...
 
Mads Mikkelsen

Brian Cox

Anthony Hopkins
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mais um comentário elogioso no Segredo dos Livros a "Morte com Vista para o Mar"

Mais uma apreciação elogiosa no Segredo dos Livros, da autoria de Sónia, que pode ser lida na íntegra aqui e que transcrevo um excerto muito significativo:
 
(...) Conforme ia lendo o livro, cheguei à conclusão de que isto poderia ter acontecido na realidade. Falo da realidade de Portugal, país (ainda) de brandos costumes. Por algum motivo, na contracapa é referido o seguinte: Casos e processos solidamente baseados na realidade nacional. Neste aspeto, o autor foi exímio e penso que, só lendo, é que podem tirar as vossas próprias conclusões. A escrita é acessível, mas isso não retirou relevo às verdadeiras motivações do assassino. Conforme a narrativa vai decorrendo, com suspense em crescendo, o próprio leitor faz também esse exercício. Falo da razão pela qual o crime foi cometido, à medida que vamos tomando algumas personagens por suspeitas. Além disso, Pedro Garcia Rosado não deixa de tocar em "feridas" que, embora ficcionadas, poderiam remeter para os muitos casos de crimes de colarinho branco de que vamos tendo conhecimento. Fá-lo de forma elegante, sem recorrer à ironia/sarcasmo , deixando que nós próprios concluamos sobre a realidade/ficçã o. Permite também uma reflexão sobre quem comete esse tipo de crimes: pessoas com cargos elevados e com uma boa posição social, o que não implica, necessariamente , ser uma pessoa imaculada...
Ponto positivo também para a menção ao recurso a blogues anónimos para discutir e/ou denunciar os casos que costumam ser silenciados por ordem, directa ou não, dos envolvidos. De facto, a era digital há muito que faz o seu papel e, mais uma vez, o autor esteve de parabéns ao abordar isso. Porque a realidade é essa, de facto...
Por último, quero referir a forma soberba como foi descrita a vida da maioria dos agentes/inspect ores da Polícia Judiciária. Pessoas que retiram (bastantes) horas da sua vida familiar para poder deslindar os sucessivos casos, acabando, por vezes, por prejudicar a vida pessoal em prol do combate ao crime. O viver de perto esta realidade, através de pessoas que me são bastante próximas, permite-me atestar a forma verosímil como tudo isto é descrito. (...)

 
 

domingo, 14 de abril de 2013

"Bent Road", de Lori Roy

A paisagem rural norte-americana tem fornecido em abundância temas e inspiração para a criação literária e audivisual e raramente em tons amenos ou líricos.
É o que acontece com "Bent Road", obra promissora de estreia da escritora Lori Roy, que acompanha o regresso de uma família às origens rurais do marido no Kansas quando a violência racial explode na cidade de Detroit, onde moram, no final da década de sessenta.
Bent Road é a estrada da casa de família onde vão viver Celia, Arthur e os seus filhos, tendo de enfrentar um passado e um presente com duas mortes perturbadoras, a reduzida tolerância religiosa e o papel subalterno das mulheres... mesmo quando os maridos são notoriamente perigosos.
Lori Roy (com site aqui) recebeu em 2011 o Prémio Edgar Allen Poe para a melhor primeira obra com "Bent Road" e está anunciado para Junho o seu segundo livro, "Until She Comes Home".
"Bent Road", uma história que liga habilmente o drama familiar e o "thriller", não está publicado em Portugal e já foi comprado para o cinema, nos EUA.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

As eleições autárquicas de 2013 nas Caldas da Rainha (6): quem se deita com crianças acorda mijado

O grupo de independentes do Movimento Viver o Concelho (MVC), de Caldas da Rainha, queria (ainda quererá?) concorrer à Câmara Municipal nas eleições autárquicas deste ano mas parece ter-se metido com as pessoas erradas.
Um putativo cabeça-de-lista fez saber que afinal não o era, apesar de parecer ter deixado alimentar a hipótese de o ser, e o MVC parece ter sido obrigado a perceber que o Bloco de Esquerda não era, afinal, flor que se cheirasse e que é certeiro o velho provérbio português: quem se deita com crianças acorda mijado.
Num concelho bloqueado, com um PSD que já nem tem Fernando Costa (do mal o menos...) e onde os restantes partidos fazem um verdadeiro campeonato de incompetência, o facto de o MVC ter dado com os burrinhos na água desta maneira é uma má notícia.

Caldas da Rainha: água de luxo, serviço de merda (9)

Ontem à tarde esteve sol e as obras de colocação da nova conduta de água não se viram.
Hoje, dia de sol, apareceram à tarde dois homens que, esforçadamente, andaram a afastar a terra solta da rua que ontem - com uma chuva miudinha mas persistente - se transformou em lama. E há-de continuar a transformar-se, se chover, porque a pesada terra argilosa do terreno foi substituída por muito mais solta. Nada de surpreendente: é um trabalho de merda.
E quanto às obras... hoje também não.

EDP - A Crónica das Trevas (50): uma derrota para a EDP?

Por enquanto sem mais pormenores, uma notícia no "Correio da Manhã" de hoje que pode ser bastante importante:
 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Touriga Nacional 2005, da Quinta da Fata: pode haver melhor mas é capaz de ser difícil...



Os vinhos da Quinta da Fata nunca deixam de me surpreender e este voltou hoje a produzir o mesmo efeito.
É um Touriga Nacional de 2005, medalha de ouro da Comissão Vitivinícola do Dão, e era a última garrafa que me restava. 
É um tinto pujante, clássico, que me faz lembrar os grandes e consagrados vinhos da Comissão de Estudos Vitivinícolas do Dão (sobretudo o tinto de 1973, salvo erro) que pude provar e beber numa adega sagrada de São Martinho do Porto onde até o mítico "Barca Velha" teve o seu lugar... sem se conseguir impor aos genuínos tintos do Dão.
Deve ser difícil fazer melhor mas com os vinhos da Quinta da Fata (de Eurico e Maria Cremilde do Amaral, com o devido acompanhamento do enólogo António Narciso) nunca se sabe: há sempre uns que conseguem ser ainda melhores do que outros.
A Touriga Nacional, às vezes extraviada por outras regiões, é a grande casta do Dão e, aqui, não há dúvidas, pela idoneidade de quem o faz e pela meu próprio conhecimento: este monocasta puro e sem misturas é soberbo e não o trocaria por nenhum outro, incluindo o "Barca Velha". As coisas são como são e estão bem assim.


Caldas da Rainha: água de luxo, serviço de merda (8)

De manhã caiu uma chuva miudinha e persistente e a empresa que está a substituir a canalização subterrânea foi-se embora e já não voltou à tarde, apesar de brilhar o sol.
Dos trabalhos de ontem (valas abertas para as novas condutas, tapadas com terra) ficou isto: lama grossa a escorrer pela rua.
Um dia há um acidente...

Parece que o meu pai morreu

O meu pai biológico, Manuel Garcia Rosado (que foi produtor na RTP), parece ter morrido no dia 11 ou 12 de Março deste ano. E digo "parece" porque não sei ao certo quando, e como, foi. Nem sequer onde se encontra o corpo, se é que foi enterrado.


(...)


Roubado que fui do direito ao luto - ou, até, do direito de decidir se o faria -, fico-me por este registo, apropriado ao dia 11 de Abril.
Talvez volte ao assunto.





Faltam neste "post" 150 palavras, temporariamente retiradas enquanto se encontram por esclarecer ameaças de que fui alvo.

Caldas da Rainha: água de luxo, serviço de merda (7)

isto respondem-me, num pouco imaginativo exercício de esperteza saloia, que é para resolver o problema das rupturas que estão a fazer as obras.
Mas terão por isso de ler, mais uma vez, que os Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Caldas da Rainha conhecem bem o estado de podridão da rede pública de abastecimento de água há muito tempo, sabem que a água que corre nessas condutas (serão ainda de chumbo?) não é boa para a saúde e que foi só quando comecei a perguntar (sem ter resposta...) se a água podia ser bebida é que as obras foram decididas.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O "Tomate" n.º 2 já saiu

Aì está mais um...
Já saiu o número n.º do "Tomate", "e-magazine de ideias políticas e culturais", mais abrangente, mais interventivo e com algumas "tomatadas" certeiras sobre a actualidade.
Neste número escrevo sobre "O pequeno grande ecrã", destacando a importância crescente da televisão relativamente ao cinema (aqui).

Caldas da Rainha: água de luxo, serviço de merda (6)

A minha rua está desfeita e só não está cheia de lama porque a terra é argilosa. São as prometidas obras dos Serviços Municipalizados para substituir a apodrecida canalização da água, paga a preço de luxo neste concelho.
As obras, a cargo de uma empresa externa, caracterizam-se, bem à portuguesa, por não terem curso nem tempo definido. Podem os buracos ser fechados hoje, como amanhã, como logo se vê.
Para ajudar à festa, houve mais uma ruptura, deixando os habitantes da povoação a seco. "É complicado, há mudança de turno", dizem-me da Câmara quanto às possibilidades de a ruptura (a caminho das trinta em pouquíssimos anos) ser reparada entretanto.
E a água pode-se beber, circulando como circula numa infra-estrutura tão degradada? Os Serviços Municipalizados fecham-se a responder.
Andaremos todos a beber merda? Talvez seja para condizer com a miserável prestação dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha que, à conta do que recebem graças a um aumento dos preços brutal (decidido pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, com a timorata oposição do PCP e do BE), devem estar podres... de ricos.


Os buracos abertos para as novas condutas ficam fechados...

... e tapados com terra que, numa rua com uma grande inclinação e se houver uma chuvada mais forte,
dará origem a uma enxurrada de... lama grossa.
 

"O diário" da Avenida da Liberdade

Sempre se disse, e mesmo antes do 25 de Abril, que o "Diário de Notícias" era "o jornal do regime" porque estava sempre de bem com quem detinha o poder: o Estado Novo, os vários e contraditórios governos do PREC, o "Bloco Central", Cavaco Silva, o PS... mas agora já não.
Eis os três principais títulos da edição "on line" desta manhã:
- "Pacheco Pereira: Governo quis vingar-se dos portugueses"
- "Mário Soares: PS não deve colaborar com governo 'moribundo'
- "Sampaio da Nóvoa: Governo fecha país com portaria a impedir nova despesa"
Mesmo ao nível da tiragem, é como se "o diário" tivesse ressuscitado na Avenida da Liberdade.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Ervas daninhas

Não há tempo melhor para as ervas daninhas do que esta humidade, proveniente de uma chuva miudinha e inclemente, combinada com uma discreta subida de temperatura e algumas horas de sol.
Fazem lembrar os "socráticos", enlevadamente atrevidotes com o regresso do grande líder deles à visibilidade que a RTP entendeu oferecer-lhe!

Porque não gosto dos CTT (49)

 
Em ano e meio, um carteiro do Porto desviou da correspondência cartões bancários, com os respetivos códigos, pertencentes a moradores da área que lhe estava atribuída. Levantou cerca de 44 mil euros.
O Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público do Porto acusa o carteiro, de 47 anos, residente em Rio Tinto, Gondomar, de violação de segredo de correspondência, abuso de cartão de garantia e burla informática, entre junho de 2007 e novembro de 2008, altura em que foi despedido.O esquema era simples. O funcionário dos CTT recebia as cartas com os cartões de crédito ou de débito no Centro de Distribuição do Porto, para serem entregues nas caixas de correio dos moradores da área que lhe era confiada. Mas o que acontecia, segundo o Ministério Público, era que ele ficava com os cartões e esperava que o banco enviasse para as mesmas moradas os respetivos códigos. Com cartão e código restava-lhe apenas ir a um multibanco e levantar o dinheiro.