domingo, 12 de janeiro de 2014

"Luther": decepcionante

Não gostei quando comecei a ver a primeira temporada da série televisiva "Luther". Apesar de Idris Elba ("The Wire" teve muitas qualidades e e uma delas foi também o conjunto de actores onde Idris Elba sobressaía na figura de Stringer Bell, o "gangster" à procura de uma educação ao longo da vida) e por causa do "serial killer" que aparecia logo. Uma boa história policial não requer um "serial killer", tema que se tornou demasiado banal e simples - ponham um numa história e grande parte da trama está resolvida. (E é também por esse motivo que, nos meus nove "thrillers", só um tem um "serial killer" e esse, em "A Cidade do Medo", é fingido.)
Vi, agora, a terceira temporada (que acabou na sexta-feira no AXN) e passei o escolho dos "serial killers" da praxe. Interessou-me o polícia que vem quase nem de sabe de onde para investigar John Luther (interpretado por David O'Hara, que tem uma presença impressionante).
Mas o resultado foi decepcionante. O que interessa é o "serial killer", o polícia é morto a meio do último episódio e, antes disso, entra em cena uma espécie de "deusa 'ex-machina'" que vem salvar Luther, sem grande lógica, nem de narrativa nem de construção da história.
É uma solução coxa, interessante em si mas completamente desproporcionada. É como se, para não sairmos do canal, o Arqueiro Verde saltasse o Atlântico para ajudar Luther a desenrascar-se.
Acho que merecíamos melhor do que isto.


Idris Elba em "Luther": bom actor, série medíocre

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