quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Um balanço caldense de 2013

 
Em época de balanço (e perspectivas), eis a minha galeria do ano de 2013 de Caldas da Rainha:
 
 
O melhor:
 
A candidatura do movimento de independentes, organizados no Movimento Viver o Concelho (MVC), aos órgãos autárquicos nas eleições de Setembro. Conseguiram alguns bons resultados, devem ter como objectivo as eleições autárquicas de 2017. 
 
 
A personalidade:
 
Maria Teresa Serrenho dinamizou o MVC e foi candidata à presidência da Câmara Municipal. Não ganhou. Deixou os seus eleitores à espera de 2017, não pode sair da cena política.
 
 
 
 
A maior surpresa:
 
O MVC conseguiu entrar na Assembleia Municipal, baralhando o anquilosado xadrez partidário local e agitando a complexa teia de interesses interpartidários, conquistando ainda uma junta de freguesia e boas posições noutras freguesias.
 
 
O pior:
 
O PSD caldense ganhou as eleições autárquicas. Mas não parece. A estabilidade controversa imposta por Fernando Costa nos últimos anos do seu mandato autárquico evoluiu para um caos absoluto, por omissão ou dolo. Os próximos quatro anos serão um martírio ou, com sorte, o pretexto derradeiro para uma mudança de política local em 2017.
 
 
O derrotado:
 
Hugo Oliveira quis ser candidato a presidente. Mas foi obrigado a engolir a candidatura do seu correligionário Tinta Ferreira e a calar-se. De tanto estar calado omitiu as eleições e a vitória do "seu" PSD no seu site pessoal. Trocou tudo, e talvez o seu futuro político, pela vice-presidência que lhe foi oferecida por Tinta Ferreira. No que correr mal, e já começou, a culpa é de Hugo Oliveira (à direita). Mas qualquer triunfo será sempre de Tinta Ferreira (à esquerda).
 
 
 
A maior decepção:
 
A "Gazeta das Caldas" perdeu todo o seu verniz intelectual e de pretensa objectividade na campanha eleitoral das eleições autárquicas. Também ajudará à queda.
 
 
O mais preocupante:
 
A Lagoa de Óbidos está obviamente condenada, pela natureza  pela incúria e pela negligência humanas. Os poderes públicos, de Caldas da Rainha e de Óbidos, e o Governo são os culpados mas as vozes privadas que só se lembram do desastre iminente quando lhes convém também são responsáveis. O que podia ser um símbolo turístico, e de progresso para a região, transformou-se na Lagoa do Cocó.
 
A irrelevância:
 
Ninguém dá pela falta do BE na Assembleia Municipal de Caldas da Rainha. Também já ninguém dava pela sua presença.
 
 
A negligência:
 
Obras ao calhas, negligentes, perfeitamente amadoras, sem planeamento que se note, feito tudo ao mesmo tempo sem cuidar dos interesses das pessoas, num trouxe-mouxe de confusões. Já se fala em atraso de umas, na cidade, e ainda outras não começaram. O dinheiro público afunda-se na lama gerada por estas obras todas, que um inverno chuvoso vai dificultar, para mal de toda a gente.
 
 
 
 
 
A abominação:
 
O turismo para as elites políticas de Caldas da Rainha está como o Talmude judaico estava para os cristãos da Idade Média: é um horror, uma coisa inaceitável e inútil, uma interferência nos "direitos adquiridos" da inércia caldense, uma verdadeira abominação. Mais dinheiro, mais empregos? Que interessa isso, se quem está confortável continua confortável, com ou sem turistas? A não ser que haja promotores dispostos a contribuírem para aumentar clandestinamente o seu conforto. Nessa altura, já vale a pena o turismo...
 
 
O não-deixa-saudades:
 
Lino Romão (chamemos os bois pelos nomes nesta despedida) ultrapassou os limites do decoro político na sua tentativa de conseguir um assento na Assembleia Municipal para o berloque de esquerda. Deu com os burrinhos na água. Regressou à empresa municipal de Óbidos que o sustenta. Assim é que se está bem.

3 comentários:

Maria Teresa Serrenho disse...

Após um fim de ano de trabalho diferente do habitual, só agora tive a oportunidade de ver esta sua publicação, não posso deixar de lhe agradecer as palavras elogiosas e sobretudo de incentivo para o futuro. Não sei se mereço, continuo a dizer que (tal como o Colibri) fiz apenas a minha parte!
Desejo-lhe um Grande Ano de 2014 e que haja uma maior intervenção cívica dos cidadãos. Uma coisa é certa, o MVC não permitirá que as coisas continuem em "águas mornas, ou melhor, em águas chocas! Nunca mais nada será igual!... BOM ANO

Pedro Garcia Rosado disse...

Eu, como morador neste concelho, é que agradeço a sua intervenção e o seu dinamismo. É só graças a ele (e ao conjunto de pessoas que intervieram no MVC) que as coisas podem mudar. Muitos êxitos para 2014... e 2017! :-)

Maria Teresa Serrenho disse...

Obrigada!... Muita água há-de correr até lá! ;)