sábado, 31 de maio de 2014

Um livro, várias mentiras... e adeus ó vai-te embora: eis a SEUR


 
Compramos uma coisa pela internet, mandam entregar... e nove dias depois do prazo, com várias mentiras e confusões pelo meio, a empresa transportadora veio entregar a encomenda. E teve de a levar de volta. E entretanto perdeu o pio. A coisa era um livro, a compra foi feita à Amazon, a transportadora foi a SEUR. Já sabia como era mas nunca pensei que pudesse ser ainda pior. Vamos aos pormenores...
 
 
Um serviço que é um desastre!
 
O livro foi comprado no dia 10 de Maio e entregue à transportadora em Inglaterra no dia 15 de Maio, com a indicação de que me seria entregue até 19 de Maio, segunda-feira.
A Amazon trabalha com várias transportadoras e, até agora, é a MRW que me tem entregado as compras que aí faço. Desta vez calhou à SEUR. Foi a primeira vez, no que se refere à Amazon. Pode ser que seja a última.
 
 
Não encontravam
mas até já cá tinham vindo...
 
Em 18 de Maio o livro chegou a Madrid, às instalações da SEUR, ao meio-dia. Foi registada às 15h24.
No dia 19 passou para as mãos de um dos motoristas da empresa para me ser entregue. É a partir daqui que as coisas ficam confusas, a começar logo pela origem.
Os dois quadros que se podem ver aqui em baixo foram ambos retirados do site da Amazon e permitem ver a evolução (ou involução) do processo de entregue.
O quadro 1 é o que se encontra desde há dois dias no site da Amazon, indicando Lisboa como origem do envio. Mas o quadro 2, retirado da Amazon no passado dia 28 de manhã (e depois desaparecido) indica Santarém.
O quadro 2 contém outra discrepância: a indicação (às 9h01 do dia 21 de Maio) “Carrier unable to locate customer's address”. Ou seja: a transportadora foi “incapaz de localizar o endereço do cliente”.
Mas isto depois de (alegadamente, como se diz) terem vindo bater-me à porta no dia anterior, terça-feira, 20 de Maio, às 15h07.
Aqui aparece pela primeira vez a indicação (igual nos dois quadros) da “delivery attempted”, ou seja, “tentativa de entrega”. Tentativa que não houve porque, nesse dia e a essa hora, encontrava-se uma pessoa no endereço.
 
 
Mentiras, mentiras,
mentiras
 
Esta situação, aliás, repetiu-se e até é mencionada igualmente nos dois quadros: houve mais três alegadas “tentativas de entrega”.
Só que, estranhamente, em dias e horas em que havia gente neste endereço: dia 23, às 16h56 (3 pessoas), dia 26, às 17 horas (2 pessoas); dia 27, às 11 horas (1 pessoa).
A única “tentativa de entrega” que eu sei que não pôde ser realmente concretizada coincide com a ausência de gente no endereço: dia 22, às 13h15. Mas, perante isto, até é possível que também nem tenham vindo nesse dia.
A situação levou a várias reclamações minhas junto da SEUR (que, como muitas vezes acontece, ficaram sem resposta) e da Amazon (que, como sempre acontece, respondeu).
Aceitando os meus protestos, a Amazon despachou (de um dia para o outro e via DHL) um novo exemplar do livro, sem custos, pedindo apenas que eu anulasse a entrega que fosse a mais tardia.
No dia 29, e quando o segundo exemplar do livro já estava em meu poder, fiz nova reclamação para a SEUR, por telefone, que marcou a entrega para as 15 horas desse mesmo dia.
Às 12h30 telefonou-me um funcionário da SEUR de Leiria a perguntar-me, com algum descaramento, se eu podia ir à cidade de Caldas da Rainha, a cerca de dez quilómetros, recolher a encomenda. Quase lhe soletrei o endereço para perceber que a obrigação da SEUR era entregar no endereço indicado e que, depois do que acontecera, eu nem confiava nessa empresa para marcar fosse o que fosse.
A encomenda acabou por me vir parar à porta perto das 18 horas desse dia. Assinei o papel junto, rejeitando-a e explicando que a entrega estava com 9 dias de atraso. E depois avisei a Amazon.
A reacção da Amazon deixou-me alguma esperança de não ter de suportar a incompetência da SEUR em próximas compras.
Em qualquer dos casos fica o aviso público: não confiem na SEUR.



Discrepâncias

Em baixo estão os dois quadros, no inglês original. São um bom exemplo dessa incompetência e das mentiras da transportadora.

Quadro 1


29 May 2014
  09:23:00 AM
 LISBOA PT
Out for delivery

28 May 2014

07:00:00 PM

LISBOA PT

Delivery appointment scheduled

28 May 2014

09:38:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

27 May 2014

06:06:00 PM

LISBOA PT

Out for delivery

27 May 2014

05:26:00 PM

LISBOA PT

Delivery appointment scheduled

27 May 2014

11:00:00 AM

LISBOA PT

Delivery attempted

26 May 2014

05:00:00 PM

LISBOA PT

Delivery attempted

26 May 2014

08:22:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

24 May 2014

10:05:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

23 May 2014

04:56:00 PM

LISBOA PT

Delivery attempted

23 May 2014

09:02:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

22 May 2014

01:15:00 PM

LISBOA PT

Delivery attempted

22 May 2014

09:53:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

21 May 2014

12:09:00 PM

LISBOA PT

Out for delivery

20 May 2014

03:07:00 PM

LISBOA PT

Delivery attempted

20 May 2014

09:10:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

19 May 2014

12:27:00 AM

LISBOA PT

Out for delivery

18 May 2014

03:24:20 PM

MADRID ES

Parcel received by carrier

18 May 2014

12:00:00 AM

MADRID ES

Parcel arrived at a carrier facility

 
Quadro 2
 

27 May 2014, 6:06 pm, SANTAREM   Out for delivery

27 May 2014, 5:26 pm, SANTAREM

Delivery appointment scheduled

27 May 2014, 11:00 am, SANTAREM

Delivery attempted

26 May 2014, 5:00 pm, SANTAREM

Delivery attempted

26 May 2014, 8:22 am, SANTAREM

Out for delivery

24 May 2014, 10:05 am, SANTAREM

Out for delivery

23 May 2014, 4:56 pm, SANTAREM

Delivery attempted

23 May 2014, 9:02 am, SANTAREM

Out for delivery

22 May 2014, 1:15 pm, SANTAREM

Delivery attempted

22 May 2014, 9:53 am, SANTAREM

Out for delivery

21 May 2014, 9:01 pm, SANTAREM

Carrier unable to locate customer's address

21 May 2014, 12:09 pm, SANTAREM

Out for delivery

20 May 2014, 3:07 pm, SANTAREM

Delivery attempted

20 May 2014, 9:10 am, SANTAREM

Out for delivery

19 May 2014, 12:27 am, SANTAREM

Out for delivery

18 May 2014, 3:24 pm, MADRID

Parcel received by carrier

18 May 2014, 12:00 am, MADRID

Parcel arrived at a carrier facility

15 May 2014, 1:09 pm, Ridgmont Bedfordshire UK

Parcel has been handed over to the carrier and is in transit



Uma nota de actualização em 12.06.14 - A reclamação que, por várias vezes, enviei à SEUR não teve resposta até esta data. Nem nunca terá, claro, embora eu não tencione parar.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Blogue Biblioteca em Construção: "Fiquei com uma enorme vontade de conhecer melhor Ulianov"

"Morte nas Trevas" ganha um lugar de destaque na Biblioteca em Construção de Cláudia Sério, ao lado de "Morte na Arena", escrevendo a autora deste blogue na sua opinião sobre este livro (que pode ser lida na íntegra aqui):
 
Admito que fiquei com uma enorme vontade de conhecer melhor Ulianov e que Joel Franco me deixou apreensiva ao início, mas no final consegui entender algumas das suas motivações.
Tal como aconteceu com Morte na Arena, Morte nas Trevas foi lido rapidamente e com voracidade. Pedro Garcia Rosado alicia para uma leitura que para além de entreter ainda chama a atenção para problemas sociais que são muitas vezes mascarados, tais como a discriminação, utilização do outro por proveito próprio, dificuldades associadas à transmissão da verdade na imprensa, violência e organizações clandestinas. Mais uma prova de que Pedro Garcia Rosado é um nome incontornável na literatura policial portuguesa.

 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Porque não gosto dos CTT (73): nada fica a salvo

 
 
 
Foi neste envelope, dos serviços de correios dos EUA (United States Postal Services), que me chegou esta semana um livro de um conjunto que precisei de comprar.
Tive de ir buscar o envelope a uma estação de correios e, querendo ver qual era o livro (os vários livros foram comprados no "markeplace" da Amazon inglesa quase por atacado), tentei abri-lo.
Com o dedo foi impossível, não tenho ferramentas agressivas nem armas brancas no carro, e o envelope revelou-se inexpugnável ao assalto da chave do carro e das chaves de casa. Só o abri quando cheguei a casa, sendo necessária uma tesoura para rasgar o papel e o plástico.
É por estas e por outras que eu não considero segura a empresa CTT, sabendo que as embalagens que vende pouco mais são do que envelopes de papel, bastando uns dedos um pouco mais fortes para violar o que nos EUA, por exemplo, está protegido pela lei e com mão dura. Cá é quase o oposto...

"É impossível tentar largar 'Morte nas Trevas'", diz Odete Silva no blogue Destante


Odete Silva, no blogue Destante, dá a sua opinião sobre "Morte nas Trevas", destacando a presença do ex-KGB Ulianov nesta aventura de Gabriel Ponte. Eis um excerto da crítica de Odete Silva, que pode ser lida na íntegra aqui:
 
Mais uma vez o autor criou uma história mirabolante, a sua escrita directa, dura e crua, com um enredo forte, cheio de suspense, com excelentes personagens bem estruturadas, levando a que os acontecimentos se desenrolem numa rapidez vertiginosa.
E depois todo o ambiente envolvente absorve-nos, assim como algumas descrições macabras, a violência aplicada nas mortes, actos cruéis praticados sobre outros seres humanos, é uma cereja no topo do bolo para amantes deste género literário, ou seja tem todos os componentes que me agradam num policial, é impossível tentar largar o livro quando o começamos a ler.
 
 
 
 
 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cláudia Lé (Crónicas de uma Leitora) gostou de "Morte nas Trevas" e "torce" por Ulianov

 
"Se tivesse que entregar um 'Óscar' seria a Ulianov", escreve Cláudia Lé no blogue Crónicas de uma Leitora, numa opinião muito positiva e bem humorada sobre "Morte nas Trevas".
No seu texto, que pode ser lido aqui na íntegra, Cláudia Lé salienta:
 
Joel Franco acabou por ser, das três personagens já conhecidas, a menos evidenciada, no entanto é visível a [sua] evolução (...) Claro está, se tivesse que entregar um "Óscar" seria a Ulianov, apesar do protagonista ser Gabriel Ponte. Mais uma vez, o autor conseguiu surpreender-me com o final e a explicação dos como, quando, porquê e de que maneira... provocando-me por segundos, uma eventual ida às urgências devido a enfarte cardíaco... obrigada, Pedro Garcia Rosado, por ser apenas uma eventual ida...
Não poderia deixar de evidenciar a magnífica capa elaborada pela Topseller, bastante apelativa fazendo jus ao ditado: os olhos também comem! Espero sinceramente por novos livros, novos enredos, parcerias entre novos e "velhos" heróis...
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Como "A Guerra dos Tronos" demonstra que tudo tem vantagens e tudo tem desvantagens

Andávamos todos contentes a ver a quarta temporada de "A Guerra dos Tronos" na televisão portuguesa com uma diferença de 48 horas relativamente à transmissão da série nos EUA, não era?
Pois o imediatismo tem destas coisas: o intervalo de onze dias entre o episódio 7 e o episódio 8 (dia  1 nos EUA, dia 3 em Portugal) também nos deixa a "secar", pondo-nos à espera da próxima terça-feira, dia 3 de Junho, para ver o episódio 8 e um combate memorável.
Tudo tem vantagens, tudo tem desvantagens... 

"Arrow": que venha o resto

O episódio final da segunda temporada de "Arrow" (que recriou o Arqueiro Verde para a televisão, pelo menos), e que ontem o AXN transmitiu, foi uma final em beleza, com o confronto entre Deathstroke/Slade Wilson e o Arqueiro Verde e a batalha entre o exército de Deathstroke e a aliança constituída pelo grupo do Arqueiro, a primeira Canário Negro e os membros da Liga de Assassinos chefiados pela filha de Ra's Al Ghul.
A terceira temporada promete, pairando actualmente uma dúvida sobre quem será o "mau da fita": Malcolm Merlyn ou... o próprio Ra's Al Ghul?
 


Com "Arrow" e as anunciadas "Gotham" e "The Flash",
a DC pode encurralar a Marvel, pelo menos TV

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um ex-libris para esquecer



 
 

Suponho que a estação de comboios de Caldas da Rainha, que foi construída e aberta no final do século XIX, não é um monumento nacional.
Terá, para esta cidade, um valor patrimonial simbólico por ser a porta de entrada e de saída em Caldas da Rainha ao longo das muitas dezenas de anos em que a Linha do Oeste ligava diariamente o concelho ao resto do País e, nomeadamente, a Lisboa.
O edifício que tem azulejos tradicionais na parte traseira (que dá directamente para as linhas), nunca se destacou muito pelo seu porte modesto e pela perda de importância em termos de transportes públicos..
Com a Linha do Oeste praticamente moribunda e as ligações a fazerem-se pela A8, a estação perdeu importância prática.
Mas era, para todos os efeitos, um "ex-libris" caldense (que até teve direito a constar da colectânea "Ontem e Hoje", do jornal "Gazeta das Caldas"), uma imagem no final da Avenida 1.º de Maio que compunha um dos cantos da cidade, uma recordação de outras épocas.
Tudo isto, num país e numa cidade normais, poderia garantir à estação uma dimensão histórica, o que recomendaria a sua conservação e, esgotada a sua utilidade prática, um futuro mais congregador do que segregador.
Não o entendeu a Câmara Municipal de Caldas da Rainha e, aparentemente, mesmo os mais acérrimos defensores da Linha do Oeste terão achado que, como moda, a ligação ferroviária local também seria para esquecer.
E hoje o que temos é isto:
 



E "isto", esta espécie de tina enfeitada com azulejos de casa de banho que ainda nem parece estar terminada, menoriza e degrada a estação.
Sobrepõe-se ao largo fronteiro, que desapareceu, e, como rotunda, serve apenas para pôr o trânsito a andar mais depressa. Quem é que repara no vetusto edifício? Ninguém. Ninguém quer saber dele.
Segundo se sabe, a coisa destina-se à colocação de um chafariz.
Não sei qual será a altura, não sei se a água irá espirrar alto ou preencher todo o espaço da tina mas é possível fazer uma simulação.
E, em jeito de monólito negro (inspirado por Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick), ei-la:




Um chafariz, por modesto que seja (mas a perdulária mania das grandezas da "nova dinâmica" sugere precisamente o oposto), nunca será mais pequeno que o monólito negro que serve para este exercício. E depois haverá que acrescentar a água.
E o resultado?...
O resultado será, simplesmente, a sobreposição de um mamarracho ao simpático edifício da estação, ocultando-o da vista de todos, relegando-o para uma memória que os presidentes das câmaras gostam de ver arrasada para só eles ficarem para a História, perante o silêncio de apoiantes (sempre à procura de uma migalha) e de opositores de duvidosa genuinidade.
As elites da cidade de Caldas da Rainha detestam tanto o passado como têm medo do futuro.