domingo, 6 de julho de 2014

Uma opinião muito especial sobre "A Guerra de Gil"

Nuno Chaves, dinamizador do blogue Página a Página, foi militar e esteve na Escola de Sargentos do Exército e leu agora o meu romance "A Guerra de Gil" (Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2008) com o olhar de quem conheceu alguma da realidade vivida pelo herói dessa história, o coronel Vítor Gil (que foi colocado no Regimento de Infantaria 5, de Caldas da Rainha, antes de este ser a Escola de Sargentos).
A opinião de Nuno Chaves, extensa, rigorosa e elogiosa, não cabe toda neste espaço e publicá-la aqui na íntegra tiraria leitores ao blogue que mantém e que é um dos mutos bons exemplos do que se faz neste momento na blogosfera.
Remetendo os leitores para as páginas de Página a Página, fica um excerto desta opinião que muito me agradou.
Quis, em "A Guerra de Gil", abordar um mundo específico (o militar) e um passado (a guerra em África) e, de certa forma, mostrar (como muitos outros autores têm feito) a simples evidência de que o "thriller" pode abordar praticamente todos os aspectos da sociedade humana. O comentário de Nuno Chaves comprova que, neste caso, o consegui fazer:
 
Foi também um livro que me trouxe à memória os muitos anos que estive ao serviço do Exército Português e das boas recordações que guardo da minha passagem pelas Forças Armadas. É claro que a minha longa “estadia” nas fileiras do Exército, nada tem a ver com este romance, que se passa num conturbado período da nossa história (ainda tão recente) que muitos continuam a fazer de conta que não existiu e outros preferem mesmo esquecer existiu e do qual muitos fizeram parte.
Poderão os leitores “mais jovens” ou aqueles que não estejam suficientemente familiarizados com técnicas, tácticas e alguns pormenores do foro militar, entender a importância deste livro…. Nós, portugueses, que para o bem e para o mal temos uma história tão rica e tão preenchida, não aproveitamos o suficiente essas mesmas histórias, (na minha opinião) para as recriar mesmo que em forma de ficção. Agradeço ao autor que em boa hora e contrariando essa tendência escreveu este livro. O mérito desta história prende-se sobretudo nesse pormenor tão importante, uma ficção assente numa história verídica. (Texto integral aqui.)
 
 
 
 
 
 

3 comentários:

nuno chaves disse...

Obrigado Pedro Garcia Rosado, pela referência, e também pela generosidade.
Espero que possa voltar de novo ao assunto "colonial" pois é assunto inesgotável.
Aguardo também o regresso do Iran. :D
Um grande abraço e obrigado, por presentar os seus leitores, com histórias fantásticas e sobretudo nossas

Pedro Garcia Rosado disse...

Talvez o Iran regresse. Pode ser que o Gabriel Ponte o encontre porque houve uma investigação da Polícia Judiciária aos acontecimentos narrados no final de "A Guerra de Gil"...

nuno chaves disse...

Expectante... ficaram demasiados "vestígios" na Serra do Cabeço, para não serem investigados.