domingo, 1 de março de 2015

Um novo fascismo

O primeiro-ministro não pagou o que devia pagar à Segurança Social durante alguns anos. É um malandro. Pagou depois, mesmo depois de a obrigação estar prescrita. Não pode deixar de ser um malandro. E se não tivesse pago? Seria malandro na mesma.
Se devia ter pago as suas contribuições à Segurança Social era porque trabalhava. Mas ter um primeiro-ministro tão malandro como este a trabalhar?! Nunca lhe devia ter sido permitido trabalhar, ganhar dinheiro, deixá-lo sequer pensar em política porque... estava escrito nos astros deste novo fascismo que ele já era malandro de origem e só podia ser primeiro-ministro por ser malandro.
Este é um fascismo de novo tipo (que decreta que todos os políticos de quem não se gosta são malandros por tudo o que fizeram, por tudo o que não fizeram e por tudo o que disseram e até pensaram) de vertente "quem não é por nós é contra nós", que aflora às vezes na imprensa e que viceja no Facebook, onde se lê mal e pior se escreve.
Não é que seja bom para a democracia, que tudo permite, mas serve pelo menos para dar aos seus propagadores o apaziguamento que outros hábitos mais privados às vezes garantem.

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