quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Já não é "reservado o direito de admissão" quando toca aos carcanhóis?





Não se pode dizer que fique bem a um candidato presidencial estender a mão à caridade pública política depois de ter saído derrotado de uma eleição em que, ele como outros, garantiam contra todas as evidências, que iam ganhar.
É o caso de Paulo de Morais, estruturalmente candidato a caudilho mais do que a Presidente da República, que vem fazer agora fazer o peditório do "dia seguinte".
Costuma-se dizer que quem vai para o mar avia-se em terra e entrar em eleições sem o devido fundo de maneio, e sem indicações razoáveis de que na pior das hipóteses se chega ao pote da subvenção pública é, no mínimo, uma aventura. E a política não é para aventureiros. Ou, para seguir a doutrina desta espécie de evangelizador, só os corruptos é que podem ser aventureiros... 
Esta situação de pouco decoro político não deixa de ser ainda pior perante a campanha monomaníaca do candidato: a corrupção.
Depois de ter andado a disparar a torto e a direito contra praticamente toda a gente, como é que vai separar os contributos "bons" (das suas apóstolas e apóstolos, provavelmente) dos contributos "maus" (os políticos que não ele e o resto do mundo)?
Já não há um "reservado o direito de admissão" no que toca aos carcanhóis?


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Eis o tipo de apoios e de seguidores que a criatura inspira:

"Chegou o momento de mostrar a solidariedade para com o nosso guerreiro da corrupção que falou em nome de todos os portugueses activos no combate á corrupção que devastou este país para enriquecer uma mão cheia de gente desonesta que traiu a própria Pátria para ficarem ricos á custa do suor dos grandes produtores de valores que, por incrível que pareça continuam a ignorar serem assaltados, perdendo a vontade e a inteligência de lutar contra os grandes vigaristas que assaltaram o povo e a pátria, até ao cúmulo da desonra internacional e da banca rota. A HISTÓRIA ESCREVERÁ EM LETRAS DE OURO O NOME DE TODOS AQUELES QUE ESTANDO LUCIDOS E CONSCIENTES LUTAM PELA SUA HONRA E POR ESTE POVO AINDA TÃO IGNORANTE POLITICAMENTE."

 

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