segunda-feira, 29 de maio de 2017

Notas de prova


Courelas de Pias - Tinto 2012 - Vinho regional alentejano
Moreto, Trincadeira, Aragonez e Castelão 
13,5% vol.
Amareleza Vinhos Lda. 
(Bebido no restaurante A Lareira)
Bom!

domingo, 28 de maio de 2017

Um cão sozinho durante dois dias

Os meus vizinhos têm um cão, um pequeno podengo de pelo curto que pouco mais terá que um ano de idade. Não sei porque é que o têm.
Se é de guarda (como proclama um azulejo ao portão), nada ligam aos seus muitos ladrares. Se é para enfeitar, o certo é que ele nem sequer pode entrar em casa e anda pelo terreno vasto em redor da casa, que já provido de cerca reforçada. E anda sozinho. A dona brinca às vezes com ele, o dono nem por isso. Calculo que lhe dêem comida e água e que tenha qualquer tipo de tecto, embora muitas vezes o veja à porta de casa, deitado no tapete, com ar triste.
O cãozinho é simpático, brincalhão e brinca, e gosta de brincar, com as minhas. Não há hostilidade mas só o podem fazer quando, por qualquer motivo, ele se esgueira para o exterior.
De vez em quando, ausentam-se em fim-de-semana, de sexta-feira a domingo. Mas o cão fica. Sozinho. Com água ou comida para dois dias? Não sei. Só sei que, muita vezes, ladra desesperadamente. Mais do que quando os donos estão. Dentro da casa onde ele não entra.
É pena que o estatuto sócio-profissional e a formação não sejam, só por si, uma garantia de tratamento adequado e correcto dos cães. Ele é médico, ela é professora. Podem cuidar muito bem dos seres humanos com que têm de lidar todos os dias mas do próprio cão que quiserem ter é que não.


sábado, 27 de maio de 2017

Mais, às vezes, é menos





O "Jornal de Notícias", pouco rigoroso nas estatísticas, noticiou ontem que aumenta o número de candidaturas independentes nas eleições deste ano.
Em Caldas da Rainha parece ser o contrário: o movimento independente MVC, por motivos perfeitamente evitáveis, desapareceu do mapa. E ainda bem.
A ocorrência merecerá referência mais pormenorizada.







O Islão, o IRA e a ETA

Já vi alguns comentários que comparam o terrorismo islâmico ao terrorismo do IRA e da ETA que, segundo garantem, naturalmente se extinguiu. Na mesma linha de raciocínio, o terrorismo islâmico também se extinguirá naturalmente.
Quem assim pensa é não só idiota como ignorante: o terrorismo islâmico (como grande parte do anarquismo do princípio do século) move-se por objectivos aleatórios e contra a população civil.
O IRA e a ETA (e muitas outras organizações extremistas de guerrilha urbana) definiam objectivos precisos e tentavam poupar a população civil, que seria sempre uma espécie de "dano colateral.
Estas organizações nasceram e morreram com uma base ideológica e política e que era, por isso, racional. O terrorismo islâmico nasceu com uma base religiosa, irracional. E as religiões, por definição, não morrem.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Ler jornais já não é saber mais (19): o caso da semana

O sarampo.
A hepatite.
A "baleia azul".
Os SMS de Centeno & Domingues.
Os "insultos" do luxemburguês.
O "alegado" isto ou o "alegado" aquilo.
Alguém se lembra?...

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Atenção e descontração

Se conduzir não beba... café?!


... Pois, é o que se pode depreender deste modelo de chávena de café, que parece um OVNI, posto num dos parques de estacionamento improvisados na Foz do Arelho (Caldas da Rainha), com "assinatura" da Escola de Condução Bordalo Pinheiro.


Notas de prova



Quinta da Fata - Tinto Clássico 2012 - DOC Dão
Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro
13,5% vol.
Quinta da Fata - Vilar Seco (Nelas)
Muito bom!

domingo, 21 de maio de 2017

Campanha eleitoral: como na Coreia do Norte


O candidato do PSD caldense à Câmara Municipal de Caldas da Rainha, onde já ocupa desde há quatro anos o lugar de presidente, deu esta semana um novo impulso à sua campanha eleitoral. À conta do feriado municipal (15 de maio) e de mais uma série de coisas que convergem todas no momento eleitoral, apareceu a desdobrar-se em medalhas, promessas e mais promessas.
À conta disso (mas o desvelo com que aí tratam a criatura sugere que há mais) este candidato aparece em 18 (dezoito!) fotografias no pouco crítico "Jornal das Caldas".
A "Gazeta das Caldas" dá-lhe só 6 (seis) fotografias e, num gesto de quase lesa-majestade, deixa uma alusão, duvidosa mas reveladora, na manchete: "Promessas do 15 de maio: hospitais, lagoa e linha do Oeste..."


Na primeira página aparece em 3 das 4 fotografias, tipo Coreia do Norte.

Em Caldas da Rainha as promessas bastam para ganhar eleições.

Não deixa de ser interessante verificar como a oposição que se esforça por ser mais credível (o PS e o CDS) foi também na cantiga.
Esperar-se-ia, e então a pouco mais de quatro meses das eleições, que interviesse mais ativamente, que se fizesse ouvir. Não lhe faltavam, nem faltam, motivos, temas e pretexto. Mas nada. Calaram-se.
Quase dá vontade de dizer que nem se percebe por que motivo se candidatam. Só a maçada que dá!

Devo ser um mau português

Ainda nem ouvi a famosíssima canção que venceu o agora famosíssimo festival da Eurovisão.
Portanto, ainda nem tive ensejo de crescer 20 centímetros, como o senhor Presidente da República parece que cresceu.

Notas de prova






Vinhas da Rainha  Tinto 2014 — Regional Península de Setúbal
Castelão e Aragonês
Venâncio da Costa Lima, Quinta do Anjo — Intermarché 
13,5% vol.
Bom!

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Notas de prova



Marquês de Marialva — Tinto 2012 Reserva — DOC Bairrada
Baga
Adega Cooperativa da Mealhada
13,5% vol.
Muito bom.

Desmazelo







A placa toponímica ("Rua José Malhoa") foi arrancada do solo, talvez por algum veículo desta obra, e assim ficou. Ao abandono, em desmazelo. É no interior do concelho de Caldas da Rainha, na freguesia da Serra do Bouro, onde, como em muitos outros locais do interior, o poder central despreza o resto do mundo.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Chora, chora, que o Presidente compra...





O Presidente da República decidiu intrometer-se na decisão, de gestão corrente, do fecho de uma dependência do banco do Estado que é a Caixa Geral de Depósitos (que vive numa terra-de-ninguém entre a lógica comercial da banca privada e a lógica do mítico "serviço público").
Se a intervenção do PR impedir o fecho dessa dependência na vila de Almeida, não deverão os habitantes de todas as outras terras afectadas pelo fecho de balcões da CGD protestar também e pedir ajuda ao PR?
Não deve a intervenção presidencial ser igual para todos?

domingo, 14 de maio de 2017

Notas de prova




Castelo Rodrigo — Branco 2016 — DOC Beira Interior
Síria, Malvasia Fina "e outras castas regionais"
Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo
12,5% vol.
(Bebido no restaurante De Mar em Mar.)
Bom!




Notas de prova



Castelo Rodrigo — Tinto 2009 — DOC Beira Interior
Tinta Roriz, Rufete, Marufo e Touriga Franca
Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo
13% vol.

(Bebido no restaurante De Mar em Mar.)
Bom!


Notas de prova



Castelo de Penalva Premium — Branco 2016 - DOC Dão
Malvasia Fina, Borrado das Moscas e Encruzado (20%)
Adega Cooperativa de Penalva do Castelo (Penalva do Castelo)
13% vol.
Bom!

Afinal, a lagoa é de Óbidos e a Foz é no Porto, não é?



Hugo Oliveira e Tinta Ferreira: o barco da demagogia afundou-se, levando com ele 50 000€

Em Setembro de 2013, nas anteriores eleições autárquicas, os actuais presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Tinta Ferreira e Hugo Oliveira, foram passear de barco para a Lagoa de Óbidos, onde derramaram declarações de amor e de boas intenções para o local.
Quatro anos depois, as promessas e 50 mil euros afogaram-se nas águas turvas da lagoa.
Como fizeram questão de salientar (cumprindo o seu dever de oposição), o vereador Rui Gonçalves (candidato à presidência da Câmara Municipal pelo CDS) e o PS, a empresa Diâmetro, Estudos & Projetos rescindiu o contrato estabelecido pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha, que iria servir para elaborar o Plano de Urbanização da Foz do Arelho e o Plano de Pormenor da Área de Equipamento de Apoio Náutico da Foz do Arelho.
A câmara pagou à empresa 50 000€ e faltava pagar 24 500€. Mas, nos últimos dois anos, a câmara deixou de manter contactos com a empresa. E os 50 000 foram-se, em vão.
Rui Gonçalves salienta que, "perante este 'vazio', a empresa tem agora legitimidade para pedir a rescisão". E acrescenta: "estes planos, tal como outros semelhantes, estão previstos em sede de PDM (Plano Diretor Municipal) e são instrumentos fundamentais para o ordenamento do território e como tal, para o seu desenvolvimento sustentável e harmonioso. É através deles que cada cidadão fica conhecedor daquilo que pode ou não pode fazer nas suas propriedades. Sem estes instrumentos, as regras, ou não existem, ou são 'vagas' e como tal, permitem maior arbitrariedade de quem decide. E essa é a grande questão que faz com que estes planos, intencionalmente não sejam feitos."
Este caso não revela apenas a incompetência e a irresponsabilidade da gestão camarária, dominada pelo PSD caldense (que talvez precisasse de ser politicamente "limpo"...).
É também ilustrativo da mentalidade reinante das elites de Caldas da Rainha: a cidade que é a capital do concelho é tudo, o resto ao seu redor é nada.
Para esta gente, a Lagoa de Óbidos e a Foz do Arelho são apenas um sítio com algumas esplanadas onde se pode beber café ao fim-de-semana.
Na realidade, a Lagoa de Óbidos e a Foz do Arelho são, no extremo sul da "fronteira" ocidental do concelho (toda ela virada para a costa atlântica e com as praias de Salir do Porto a norte), dois dos pontos centrais de um concelho cheio de potencialidades turísticas que os poderes públicos ignoram e desprezam.


Caldas da Rainha é, acima de tudo, um concelho rico em potencialidades
e não uma cidade capturada pela visão distorcida do mundo das suas elites parolas.

O que explica a Câmara Municipal sobre o aborto urbanístico






aqui me referi à estranha construção (que parece ser uma moradia) que nasceu praticamente colada a outras duas casas e quase em cima da via, na Estrada Municipal 566, Casais dos Antunes, Serra do Bouro (Caldas da Rainha).
Em 26 de Abril perguntei à Direcção de Obras Municipais da Câmara Municipal de Caldas da Rainha o seguinte:

1 - Se a construção situada na Estrada Municipal 566, Casais dos Antunes, Serra do Bouro (...) está autorizada no formato em que se encontra já parcialmente erguida com:
(a) inexistência de espaço útil e/ou de segurança entre o muro exterior das moradias vizinhas e um dos seus cantos (tornando impossível, por exemplo, a passagem de qualquer pessoa);
(b) bloqueio completo da vista frontal de uma das duas moradias;
(c) contraste visual repulsivo com as moradias já existentes.
2 - Qual é o limite legal em vigor para os espaços entre imóveis e dos imóveis relativamente à via pública.
3 - Qual é a dimensão mínima (espaço coberto e terreno) para a construção legal de uma moradia para habitação?

A Câmara Municipal respondeu-me em 5 de Maio, indicando que só havia dois problemas ("desconformidades"). Em resumo, o problema está só aqui:





A proximidade física não é um problema para a Câmara. Mas o "abrigo de viaturas" já é.

Não me parecendo que, no local, tivesse havido até agora quaisquer alterações, transcrevo na íntegra a resposta camarária.
Sem perceber, claro, porque é que o contraste de estilos e a sobreposição visual não suscitam dúvidas aos "sábios" da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, que privilegiam  burocracia à sensibilidade estética.










Regresso ao passado




A intelectualidade portuguesa do final do Estado Novo referia-se com menosprezo aos "três éfes" que eram os principais elementos da alienação das massas, distraindo-as de ver as realidades do País. Eram o fado, o futebol e Fátima (com as suas cerimónia religiosas).
O "Público", o "jornal de referência" que entusiasma a esquerda e a intelectualidade (de esquerda) dos nossos dias, o paladino do "politicamente correcto", tem hoje a mais exemplar das capas dos jornais destes dias de regresso simbólico ao "24 de Abril": futebol (em primeiro lugar), Papa e o festival da Eurovisão (a nova coqueluche, depois de o fado se ter tornado consensual).
A esquerda, tão mansa, reencontra-se na recuperação dos fetiches de um regime de que, afinal, não tem tantas razões de queixa.

Flores... mas de plástico





Parece ter sido iniciativa da associação comercial de Caldas da Rainha (que dá pelo diminutivo de ACCCCRO) a disseminação, por alguns locais da capital do concelho, de bicicletas com enfeites vegetais, sob o lema "Flower Bike City - Caldas da Rainha - a cidade da cor, alegria e glamour".
A ideia é bondosa mas, num concelho onde a ausência de ideias promocionais articuladas e inteligentes contrasta com o seu enorme leque de potencialidades, esbarra na maior vulgaridade: as flores (e os frutos, como as indigentes tangerinas e os tomates vazios ilustram) são de plástico!
Tão de plástico como os plásticos de publicidade a espectáculos que aparecem nas árvores e nos postes do concelho, onde se vão degradando, até caírem de podres no chão (onde não se desfazem) ou arrancados pelos concorrentes, que os querem substituir pelos seus. 




sexta-feira, 12 de maio de 2017

Ler jornais já não é saber mais (18): 24 de Abril


A imprensa nacional voltou ao 24 de Abril: Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão. Fátima, futebol, Eurovisão... 
   

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ler jornais já não é saber mais (17): a lojinha dos horrores

As televisões, à hora do jantar, são uma espécie de "freak show" de incompetência, de irrelevância e de contemplação narcisista dos vários animadores dos "directos".
Dois exemplos da "ementa" de ontem:
- No caso do contestatário brasileiro que foi imobilizado pelo militar da GNR numa repartição das Finanças diz-se que o GNR se identificou (e a acusação ao contestatário indica a desobediência à autoridade como a ilegalidade apurada), ninguém pergunta se o GNR se identificou com um documento de identificação ou se se limitou ao "31 de boca" antes de permitir ao ora arguido o seu momento de teatro;
- No desvelo perante o controlo das fronteiras a dois/três dias antes da visita papal ninguém pergunta o óbvio: as autoridades políticas policiais fizeram alguma coisa para impedir qualquer incidente no longo período que decorreu entre a confirmação da visita e estes dias? (Talvez pensem que o terrorismo age, como o desenrascanço "tuga", "à última da hora".)

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Notas de prova




Fuga — Tinto 2013 DOC Dão
Sem indicação de castas
Casa da Passarella, Lagarinhos(Gouveia)
13% vol.
Desinteressante.

Como o neojornalismo está a matar o jornalismo português

A última vez que me lembro de ver o que corresponde ao conceito de investigação jornalística foi há meses, no “Expresso”, sobre empresas “off shore” e lavagem de dinheiro. Mas a investigação parou de repente, depois de duas ou três referências a uma lista de “políticos” e “jornalistas” que seriam avençados do Grupo Espírito Santo. Não foi tornada pública, por motivos que, no exercício da liberdade de imprensa, soam a pouco sinceros.
A investigação jornalística desapareceu da imprensa portuguesa. Os “casos” na esfera política, policial e/ou financeira resumem-se aos que já estão a ser investigados pelas autoridades policiais.
Mas não foi só a investigação jornalística que desapareceu. A iniciativa também desapareceu. Hoje, salvo incursões por domínios sociais de maior ou menor relevância, a reportagem foi de férias. O desaparecimento da especialização matou a capacidade de iniciativa. Os apertos financeiros também. E o compromisso político a mesma coisa.
O grupo empresarial e de comunicação social que possui o “Diário de Notícias”, o “Jornal de Notícias” e a TSF (cada um, à sua maneira, com influência), é um padrão de nebulosidade onde se articulam interesses políticos e financeiros. Só a escala é que varia, nos outros.
Os apertos financeiros das empresas de comunicação social são assunto tabu. Os despedimentos também. A compressão de despesas de funcionamento limita a actividade da maioria de jornalistas que ainda restam. Uma minoria, de bem com o(s) poder(es), ainda vai tendo dinheiro para mais alguma coisa. Mas não é para fazer jornalismo.
Esta compressão mantém sossegados, em lugares burocráticos, os jornalistas que já foram ousados. A segurança de emprego é fundamental. Enquanto chefiam, não se comprometem. Atendem o telefone, mandam os outros fazer, de preferência os estagiários, decididos a dar tudo por tudo pela ilusão de uma oportunidade.
O resultado vê-se todos os dias, das notícias (mal) escritas aos “directos” televisivos onde o “então” e o “alegado” reinam e “canonização” é uma palavra pronunciada como “cananização” ou talvez mesmo “canalização”… dos Pastorinhos.
A ignorância, a todos os níveis, campeia. Não há memória, não há centros de documentação, não há revisão, não há quem (nas redacções) ensine a escrever. E tudo se concentra em Lisboa, porque o resto do País não existe para este tipo de jornalismo.
A indiferenciação, a ignorância e a burocracia editorial (repetem-se os títulos de “cada vez mais”) põem os jornais ditos de referência ao nível dos “ao minuto” e mesmo do Facebook. Gratuitamente.
É por isso que os jornais perderam, de vez, a capacidade de interessar compradores. A “notícia” chega pelas “redes sociais” ou pela televisão. E se não chegar, que interessa? Esta semana é o sarampo que interesse, na semana que se segue é a “Baleia Azul”, na próxima semana haverá qualquer outra coisa. Que interessa o que vai ficando para trás?
Sem notícias, sem reportagem jornalística, sem opinião (só os comentadores é que a podem ter, oficialmente), este jornalismo de novo tipo (ou neojornalismo) volta-se contra si próprio.
Vai ser ele, na sua imparável expansão, a liquidar a imprensa nacional pelo mais degradante de todos os motivos: essa perda da capacidade de interessar ao público. Quem é que compra o que já não interessa?



segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ler jornais já não é saber mais (16): a lei da calinada





Este título é tirado da primeira página do "Diário de Notícias" de hoje. A frase correcta seria "Os portugueses, [vírgula!] quando acontece uma mudança política, [vírgula!] deitam fora tudo o que fez o governo anterior".
Quem fez o título não quis saber. Ou, pior, talvez não soubesse sequer escrever. Já nada surpreende.


domingo, 7 de maio de 2017

Notas de prova




Quinta do Escudial — Tinto 2012 Colheita Selecionada  DOC Dão
Touriga Nacional (35%), Tinta Roriz (25%), Alfrocheiro (20%) e Jaen (20%)
Quinta do Escudial, Vodra (Seia)
13% vol.
Muito bom!

Notas de prova



Quinta da Fata - Tinto Reserva 2012 - DOC Dão
Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz
13% vol.
Quinta da Fata - Vilar Seco (Nelas)
Excelente.

Só "desconformidades"





A Divisão de Gestão Urbanística e Planeamento da Câmara Municipal de Caldas da Rainha respondeu, em tempo apropriado, ao pedido de informação que lhe dirigi sobre o aborto urbanístico a que aqui me referi. 
Está tudo bem, diz a Câmara Municipal, à excepção de duas "desconformidades"
Tendo suscitado o problema, publicarei aqui, no todo ou em parte, a resposta que recebi.




Ler jornais já não é saber mais (15): memória curta

Para a "Gazeta das Caldas", agora, e não é caso único, o péssimo "serviço público" da empresa CTT é coisa recente e que tem a ver com a privatização da dita empresa.
Não é. E a "Gazeta", e só lhe ficou bem, não deixou de publicar notícias, comentários e cartas de leitores sobre o serviço prestado pela empresa CTT muito antes da privatização.
Se o próprio jornal não se recorda, recordo-me eu.


Ler jornais já não é saber mais (14): iniciam... o que é que iniciam?!


Como escreve o neojornalismo, desta vez em versão regional ("Gazeta das Caldas"):


O berloque reapareceu

Dispensado há quatro anos e completamente dispensável, rotundo como um zero (que é mais do que vale, ele e a sua agremiação), com a espessura intelectual do olho do cu, ofensivo e cobarde, tipo "agarrem-me senão eu bato-lhe", o berloque regressou.
Aqui, onde aguardo que me venha pedir satisfações (como anunciou, do fundo do seu caixote sujo) por eu ter reagido mal à calúnia e ao insulto, ficamos assim: não tem direito a nome, a imagem nem, muito menos, a entrada (salvo se merecer mais algumas pauladas, simbólicas, claro, que não se bate num bezerro manso).
Aliás, não passa disto:








quarta-feira, 3 de maio de 2017

Notas de prova



Penalva do Castelo — Branco ("Bag-in-Box")
Sem indicação da data de colheita nem de castas
14% vol.
Adega Cooperativa de Penalva do Castelo (região do Dão)
Bom.

Notas de prova



Vinha do Poço — Tinto 2015 DOC Douro
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz
Amareleza Vinhos, Amareleja
14% vol.
Bom!

Notas de prova




Vinha do Poço Old Vines — Tinto 2015 DOC Douro
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz
Amareleza Vinhos, Amareleja
13% vol.
Bom.